2009/12/30

dedico-te




um único olhar foi o suficiente para
nunca esquecer a tua presença na minha mente
para me aperceber que a tua beleza
era a única que me fazia erguer a cabeça

um único toque na tua face foi o suficiente para me aperceber
que a tua pele era suave e pura
o calor que me transmitiste
aqueceu-me o sangue fazendo-me sentir vivo de novo


um único beijo foi o suficiente para
me aperceber que nunca te esqueceria
aquele momento ficou gravado na minha
memória e no meu coração


uma única vida não é suficiente para
continuar ao teu lado e ter a oportunidade
de te amar e passar o resto da minha vida no teu coração
como o teu olhar, a tua face, o teu beijo e o teu amor permanecem
no meu coraçao

suspiro do vulto

O tal sentimento ambíguo
De cada vulto que governa a minha mente e o meu coração
Cada momento que deslumbro a tua beleza

O teu olhar brilhante que ofusca cada sombra.
O teu sorriso cintilante que deslumbra os demónios de Hades

A fraqueza que tenho de me deixar seduzir por ti
A vontade que tenho de olhar para cada movimento que fazes
Apreciar cada gesto de ternura que fazes ao seduzir-me
O desejo que tenho de deter o tempo cada vez que me beijas

Mas estarei a deliberar a sentença certa?

Será que não terei que enfrentar mais um inferno?
Será que não irei derramar mais lágrimas sangrentas?

Não serei uma simples sedução tua?
Não serei um simples momento? Um equívoco? Um amor desapaixonado?

Será que sou um vulto esquecido na minha cripta suja de beatas?
Será que vou ser como um cigarro que usas e cujo fumas calcas a sua existência?

Sempre fui uma sombra cuja ninguém sabe de quem pertenço…
Uma mancha negra nesta parede branca…
Uma sepultura esquecida…

Amar-te é fácil
Amar-te é uma bíblia onde escrevo sobre ti e releio sempre que morro e renasço
Amar-te é a minha dúvida
O meu receio
O meu motivo de me esconder

Serei aquele vulto que se senta num café a fumar a ultima alma penada a olhar para uma rosa negra a contar os milénios há tua espera



2009/12/15

"other page"

Mais um dia, mais uma desilusão
Aprendendo, corro eu na vida
Porquê, sua arma perdida?
Para poder preencher meu coração

O grito de dor de meu corpo
A agonia da minha mente
Uma relação que deu para o torto
Que só meu ser sente

Há alguém que chama?
Há alguém que me quer?
Parabéns a quem se livrou de mim, mas lamento por serem assim
não sei qual é o castigo mais cruel:o inferno ou vocês mesmos…

Que cada marca na minha carne
Me sirva de lição…
Me lembra da vossa traição, vos sabeis quem sois…
“Pobres almas vagabundas”